Dia Mundial do Meio Ambiente
Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, a Copasa no mês de junho, reafirmou o seu compromisso com diversas frentes de atuação para ressignificar a água, a biodiversidade, a sustentabilidade e a educação ambiental, atrelando as ações à importância da data de 5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente, fonte essencial da vida e da matéria prima da Companhia.
Por meio de um webinar, realizada pela Microsoft Teams, a Copasa promoveu o seminário online gratuito “Pró-Mananciais: mobilização para a sustentabilidade”. Com um chat aberto, cerca de 90 pessoas, participaram do evento, onde foram apresentados os resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo Pró-Mananciais e discutidos os desafios, diante da Covid-19, para implementação das novas ações, fundamentais para a preservação dos recursos hídricos em Minas Gerais.
Da Copasa, além de diversos empregados das áreas, participaram o superintendente de Desenvolvimento Ambiental (SPDA) e moderador do evento Nelson Guimarães, que contextualizou a proposta do webinar e as ações desenvolvidas pela Companhia; a analista da Unidade de Serviço de Controle Ambiental (USCA), Maíra Fares Leite, e a representante do Setor de Atuação Ambiental – SAS de Ipatinga, no Vale do Aço, Regina Magda de Sá.
Nelson Guimarães destacou: “A seleção dos participantes do webinar envolveu aqueles segmentos que têm protagonismo no Programa. Participaram representantes da Copasa, da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG), dos Coletivos Locais de Meio Ambiente (Colmeia) e dos produtores rurais, que abrilhantaram o evento com seus depoimentos”.
Com o tema: Arcabouço Legal do Pró-Mananciais, o gerente de Fiscalização Econômica da Arsae-MG, Rômulo José Soares Miranda, falou sobre o que vem acontecendo diante da Covid-19. Na sua avaliação, a discussão é bastante oportuna, uma vez que, para liberar os recursos e dar continuidade às ações do programa no próximo ano, se faz necessária a prestação de conta pela Copasa. Mas, ao mesmo tempo, garantiu que é de interesse da agência reguladora a continuidade do programa.
“As dificuldades para realização das ações no momento, em decorrência da Covid-19, certamente irão dificultar a aplicação desses recursos em 2020. A agência reguladora terá de avaliar e justificar o fato, para não impedir a liberação dos recursos para 2021. Teremos que justificar e prestar conta para a sociedade, uma vez que os recursos são oriundos de um percentual das tarifas de água e esgoto”, informou.
O presidente do Colmeia de Areado, Eduardo Moreira França, falou sobre a construção colaborativa de ações e de saberes. Para ele, um dos maiores e mais importante instrumento de mobilização deste programa é a responsabilidade compartilhada, a solidariedade, a criatividade e o protagonismo estimulado por meio dos Colmeias, formados por um grupo de pessoas do município que recebe o programa. “Essas pessoas são imprescindíveis na hora de fazer o diagnóstico das microbacias, desenvolver e monitorar as ações. A partir desse sentimento de pertencimento dos mananciais, por cada uma dessas pessoas, ao fazer parte dos processos e dos resultados, faz com que elas se empenhem e deem o melhor de si para o Pró-Mananciais”, explicou.
O representante dos produtores rurais, Juscelino Antônio de Souza, agradeceu à Copasa pela oportunidade e diz ser muito gratificante fazer parte do Colmeia de Rio Pardo, no norte de Minas. “Com a construção de 20 quilômetros de estradas, cercamento de 18 quilômetros de nascentes e o plantio de 10 mil mudas de árvores nativas, 200 famílias das comunidades de Ilha das Cabras, Vereda da Onça, Riacho dos Bois, Moreiras e Barra do Córrego, foram beneficiadas com a recuperação de mais de 20 nascentes, fazendo com que, depois de muitos anos completamente secos, os córregos voltassem a ter água corrente”, informou.
Pró-Mananciais
Com aprovação pela Arsae-MG, o programa conta com recursos anuais da ordem de R$ 20 milhões, para serem aplicados nas ações de mobilização da comunidade e de instituições parceiras para desenvolver, coletivamente, as atividades para proteger a microbacia da região onde está inserida.
O programa, implantado em dezembro de 2017, atualmente está presente em 224 municípios e é desenvolvido por 160 Colmeias, formados por representantes das prefeituras, da sociedade civil e outras entidades governamentais e privadas, que planejam e desenvolvem as ações na busca de soluções para a preservação dos mananciais.
Anualmente, são inseridos novos municípios no programa, selecionados a partir de uma matriz de hierarquização, considerando-se as necessidades do manancial utilizado para o abastecimento público.
Para Maíra Fares, é fundamental trabalhar a montante da captação, uma vez que as atividades desenvolvidas na bacia de captação vão repercutir, de forma positiva ou negativa, na qualidade e disponibilidade hídrica do manancial. “Os trabalhos devem ser desenhados de acordo com a especificidade de cada território trabalhado, em conjunto com a população ali presente e as instituições envolvidas” completou.
Desde a implantação do programa, já foram realizados 862 quilômetros de cercamento de Área de Proteção Permanente (APP), o plantio de mais de 460 mil mudas de árvores nativas, estabilização e contenção de erosão, construção de bacias de retenção de água de chuvas, adequação de estradas e terraceamento em 23 cidades e desenvolvido o Programa de Educação Ambiental – Chuá socioambiental em 75 escolas. Além disso, foram formalizados convênios e acordos de cooperação técnica com as prefeituras para realização de serviços de adequação ambiental da bacia, em que a prefeitura entra com as máquinas e os operadores e a Copasa com o fornecimento do óleo diesel.
Outro acordo de cooperação foi com a Fundação Banco do Brasil (FBB), que está possibilitando a adoção de tecnologias sociais importantes para a sustentabilidade dos territórios, tais como: TEvap – tanques de evapotranspiração para o tratamento de efluentes domésticos; Cisternas de captação de água de chuva - tecnologia em ferrocimento com projeto desenvolvido dentro da Copasa; Biodigestores – destinação adequada de dejetos animais; e o SAF – Sistema agroflorestais – alternativa para produção sustentável de alimentos promovendo a biodiversidade com a cobertura e a permanência de matéria orgânica no solo.
Também foi formalizado acordo com Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que prevê o cadastramento de imóveis rurais nas bacias hidrográficas mediante a indicação de ações necessárias para adequação ambiental da propriedade. O convênio também prevê capacitações de operadores de máquina, agroecologia e SAF.
Chuá Socioambiental
Programa elaborado com uma metodologia de ensino que contribui para que o aluno estabeleça relações entre a proteção dos mananciais na cidade onde reside e a água que utiliza na rotina do dia a dia. Para despertar o senso crítico e a interdisciplinaridade na sala de aula, é construída a narrativa de pertencimento e protagonismo da comunidade escolar, o engajamento e o comprometimento dos alunos, pais, professores, direção, coordenação e colaboradores.
Proteção de áreas
Em todo Estado, são mais de 25 mil hectares de áreas preservadas e protegidas pela Copasa no entorno dos mananciais utilizados para o abastecimento público, que garantem a sobrevivência de centenas de espécies da fauna e da flora nativas. Além disso, destacam-se, ainda, as ações de educação ambiental para a formação de cidadãos conscientes do seu papel: www.copasa.com.br/wps/portal/internet/meioambiente/politicaambiental.