As tarifas de água e de esgoto da Copasa serão ajustadas, a partir de 1º de março próximo, com o objetivo de recompor as perdas inflacionárias dos últimos 12 meses, medidas pelo IGP-M, e fazer frente ao aumento nos preços dos principais insumos do setor de saneamento.
Mesmo com o reajuste autorizado, as tarifas da Copasa continuam entre as mais baratas do Brasil. Os preços praticados para os setores industrial e público são os mais baixos do país. Para o setor comercial, apenas a empresa de Roraima pratica um preço menor. Já na categoria residencial, a tarifa da Copasa, já reajustada, ocupa o 14º lugar entre as 24 empresas do setor, apesar do Estado ser a terceira economia do Brasil.
Uma atenção especial foi dada aos consumidores de baixa renda que consomem até 15.000 litros/mês, que terão direito a uma tarifa social com descontos que variam de 57,16% a 38,04%. Nesta faixa estão sendo beneficiados cerca de 375 mil famílias que residem em imóveis de até 44 m² de área construída.
Desta forma, com o reajuste de 11,77% para quem consome até 10.000 litros/mês, e está incluído na categoria social, haverá um custo adicional de apenas R$ 0,61 na conta, que passará de R$ 5,13 para R$ 5,74. Para os demais consumidores residenciais, os 10.000 litros passam de R$ 11,99 para R$ 13,40, um acréscimo de R$ 1,41. Nesta faixa encontram-se 50% dos consumidores da categoria.
Os clientes da categoria comercial terão suas contas reajustadas em R$ 1,92 para um consumo de até 10.000 litros/mês, faixa em que estão enquadrados quase 70% dos imóveis comerciais. Suas contas passarão de R$ 16,33 para R$ 18,25.
Já o impacto na conta dos clientes da categoria industrial será de R$ 2,14 para um consumo de 10.000 litros/mês, faixa onde se concentra mais de 45% dos consumidores do setor. Neste caso a conta passa de R$ 18,19 para R$ 20,33.
A política adotada pela Copasa de garantir serviços de qualidade e praticar as menores tarifas do País para os setores comercial e industrial, faz parte da estratégia do Governo de Minas de atrair para o Estado investimentos que gerem empregos incentivando as micro e pequenas empresas que são as que mais empregam.
Além disso, a empresa vem ampliando a cobertura de seus serviços, principalmente, para os consumidores de baixa renda, que são os maiores beneficiados pelos investimentos em ampliação de sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos.
Na categoria pública, para um consumo mensal de até 10 mil litros/mês, onde se situam 53% dos consumidores, a conta passa de R$ 16,29 para R$ 18,21, ou seja, um reajuste de R$ 1,92.
Assim como as demais empresas de saneamento, a Copasa trabalha dentro da seguinte realidade:
Apesar das projeções para o IGP-M apontarem um índice de 11,77% para os últimos 12 meses, período de março de 2004 a fevereiro de 2005, as empresas vêm convivendo com custos crescentes em seus principais insumos. Somente em 2004, foram 43% de acréscimo em tubos e conexões de pvc e 50% nos materiais hidráulicos em ferro fundido e aço. Também foram verificados aumentos expressivos nos produtos químicos utilizados no tratamento de água, como 46,67% no sulfato de alumínio e 30,22% na cal hidratada;
Outro fator determinante foram as despesas decorrentes da política tributária do Governo Federal, que cresceram 52% em 2004 em relação a 2003, além de já estar previsto um novo acréscimo superior a 48% nestes custos em 2005, comparando-se com 2004. Estes custos referem-se às novas alíquotas da Cofins, Pasep e outros tributos federais.