Cerca de 180 gerentes e superintendentes da Copasa participaram, em Belo Horizonte, do encontro promovido pela Comissão de Ética e pela Divisão de Educação Corporativa, com o objetivo de lançar, oficialmente, o manual do Código de Conduta Ética da companhia. O evento foi aberto pelo vice-presidente da empresa, Carlos Megale Filho, que ao abrir os trabalhos referiu-se ao encontro como sendo a “oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre os conceitos que envolvem a ética na empresa e nos negócios”. Segundo o dirigente, a aprovação do código estabelece um caminho para nortear as diretrizes da companhia. “Foram definidos os princípios, os valores e as posturas da empresa com os seus diversos públicos”, disse.
Palestra – Convidado especial do encontro, o professor Ivanildo de Macedo distinguiu a diferença entre ética e moral e deu detalhes sobre a importância do código de conduta nas organizações, os ganhos e aspectos para alcançar êxito na prática. Segundo ele, a ética estuda e determina quais são os comportamentos que vão produzir o bem para a coletividade. Já a moral são os próprios comportamentos que serão praticados. “A ética está no campo da teoria e a moral é a prática”, definiu.
Macedo enumerou alguns fatores para que o código de ética atinja o resultado esperado. De acordo com ele, o patrocínio da alta administração, a criação de um programa de educação dirigido para a ética, o fortalecimento de auditorias e do Comissão de Ética, o aperfeiçoamento e a compreensão do próprio código. “Além disso, é preciso ter paciência por se tratar de uma mudança e cujos resultados serão obtidos em cinco anos”, revelou. O professor aproveitou e fez uma sugestão aos presentes: “Que cada gerente assuma a sua própria transformação e coloque o código em prática. É a maior contribuição para o processo”, finalizou.
Opiniões - A adoção do Código de Conduta Ética foi bem recebida pelos participantes que lotaram o auditório da empresa. Para Heloísa Moraes, superintendente de Informática, a Copasa passa por um momento ímpar e o código de ética é mais um avanço neste sentido. “A iniciativa confirma as mudanças introduzidas na empresa”, apontou. Heloísa acredita que o manual não deva ter apenas caráter punitivo. “É preciso comunicar e educar os empregados. Primeiro, as pessoas têm que conhecê-lo”, salientou.
De acordo com José Carlos Ribeiro Amarante, gerente que assumiu recentemente a Divisão de Administração de Benefícios e Convênios Assistenciais (DVBN), o manual vem ratificar a necessidade de respeitar os valores, os direitos e deveres de cada um. No entanto, ele fez uma ressalva: “Independentemente do código de ética, o empregado tem de fazer o seu papel como indivíduo”, avaliou. Para finalizar, Amarante afirmou que “apenas o somatório dos esforços vai construir um ambiente mais justo e saudável”.
Código e Comissão de Ética - Aprovado pelo Conselho de Administração, em abril, o Código de Conduta Ética foi elaborado por um grupo de trabalho formado há cerca de um ano e meio. Os integrantes das áreas de Recursos Humanos, Auditoria e Jurídica buscaram experiências de sucesso em outras empresas e construíram o código, levando também em consideração dois decretos estaduais e os objetivos estratégicos da Copasa. Posteriormente, o texto foi disponibilizado na intranet para conhecimento e contribuições dos empregados.
Segundo Eneida Magalhães, presidente da Comissão de Ética, “as relações humanas pautadas pela ética favorecem um ambiente profissional mais sadio e a Copasa só tem a ganhar com essa prática”.
E a Comissão de Ética terá papel importante para consolidar o código. Constituído em maio, é formada por três homens e três mulheres e foi um pedido da presidência. “Era para não ter uma tendência machista ou feminista”, destacou Eneida. A comissão tem agora a missão de divulgar e debater o código na empresa e julgar os processos encaminhados para análise. “Eles podem ser enviados pelo presidente, pela auditoria, gerentes ou ainda por meio de denúncia dos próprios empregados”, explicou. Ela ressaltou que a comissão vai divulgar os processos e informar o ato cometido. “Entretanto, o nome será preservado”, afirmou.
Próximas ações - Outros eventos estão programados para disseminar o código internamente. Além de uma ampla campanha com a produção de cartazes e folders, o Comitê vai disponibilizar uma página na intranet para elucidar as principais dúvidas dos empregados. “Uma peça encenada pelo grupo de teatro da Copasa sobre o tema também será apresentada”, finalizou.