Onze telas abstratas, em que explosões de cores e formas inundam o espaço visual, integram a exposição ‘Arqueologia’, de Marcelino Peixoto, na Galeria de Arte Copasa (Rua Mar de Espanha, 525- Santo Antônio) até o dia 12 de agosto, das 8 às 18 horas, inclusive sábados e domingos. As obras surgiram a partir de pesquisas do artista com vestígios do tempo - marcas de pregos, rachaduras, demãos de tinta etc -deixados numa parede, durante workshop realizado pelo Centro de Experimentação e Informação em Arte (CEIA). A experiência dessa intrigante arqueologia foi levada para as telas, na mostra selecionada pelo 6º Edital de Concorrência Pública da Galeria.
As aquarelas de grandes formatos expõem camadas de linhas, círculos, manchas, tramas diversas que se cruzam e se desencontram, hipnotizando o espectador e levando-o a mergulhar nas arqueologias não só do espaço e do tempo, mas das sutilezas da memória e das sensações.
Segundo Marcelino, as obras são narrativas de cores, desde os tons frios (verdes, azuis e violetas) até os quentes (vermelhos, amarelos e alaranjados), seguindo uma proposta de “pureza das sensações”. Tanto que o autor não nomeou nem numerou as telas, para não induzir o espectador: “ a força que a obra exerce sobre cada um dos que a ‘sofrem’ não é necessariamente a mesma. Ainda que exista uma proposição narrativa, a grande potência das imagens é seu caráter aberto”, afirmou.
Sobre o artista
Marcelino Peixoto é natural de Alvarenga (MG). Mestre em Artes Visuais e bacharel em pintura pela UFMG, atuou como professor do curso de Desenho nesta universidade, e de Arte e Restauro, na Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Seu currículo inclui especializações em Arte-Educação, Ensino e Pesquisa em Arte e Cultura. Trabalha, atualmente, no Ateliê Livre de Desenho e Pintura, no bairro Santo Antônio, e, recentemente, inaugurou seu próprio ateliê, no bairro Santa Efigênia.
De 2006 a 2007, dedicou-se a exposições e performances promovidas por prestigiadas instituições de Minas. No ano passado, em São Paulo, conquistou o Prêmio Max Feffer de Design Gráfico na Categoria Embalagem (projeto CD Incipt, em parceria com Viviane Gandra).