Belo Horizonte, dezembro de 2010 – A exposição Cenários, do artista plástico Rico Maciel, reabriu, na última terça feira (14/11), a Galeria de Arte da Copasa. Cenários é fruto de uma adaptação e consequente transformação dos acúmulos vividos e bem explorados de um artista que desenha e extrai desta habilidade elementos constituintes de sua obra, resultando em imagens estimulantes e favoráveis à imaginação.
“Comecei a desenhar muito cedo. Antes de me alfabetizar eu já desenhava. Para mim, arte é como uma religião. É algo que faço e tenho como retorno o reconhecimento do meu trabalho”. E o artista complementa: “a arte é uma linguagem como a música e a literatura. Não é uma linguagem verbal, é visual. E, para mim, esta é a melhor forma de me expressar”.
Para ele, a arte é uma forma de comunicação tão antiga quanto a humanidade. “É esta necessidade humana de criar e tornar o resultado da criação uma forma de se chegar ao outro, de trocar com o outro experiência que nos enriquecem e fertilizam nossas almas. Essas expressões infinitas de possibilidades geradas por meio do exercício artístico, da criatividade, do virtuosismo, dos questionamentos do universo da arte fazem com que o artista seja apenas um instrumento de poder do pensamento”, comentou.
Rico Maciel é operário de uma linguagem sofisticada. Em seu trabalho e em sua vida é fácil e notável perceber que sua trajetória sempre foi marcada pelo dialeto visual, pela comunicabilidade pictória que supera sua forma de interagir com o outro e o aproxima do seu expectador. Em suas obras, é possível ler traços afetuosos, desejos comuns, signos sutis do panorama pessoal que molda sua personalidade.
As dez peças da mostra em tinta acrílica sobre madeira são no tamanho 1,5 m x 90 cm. “Todas têm, pelo menos, três planos dando uma ideia panorâmica. Sempre há a história de um personagem. Uma história pequena e não linear”, explica.
Sobre o artista
Rico Maciel é graduado em artes plásticas na Escola Guignard e em Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Maciel atua como artista plástico, professor de história da arte, filosofia e informática, além de designer gráfico ilustrador. Participou de exposições individuais na Quina Galeria; na Galeria do Minas Tênis Clube; no Espaço Cultural da Prodemge; no Tribunal de Justiça; entre outras, em Belo Horizonte. Entre as mostras coletivas, destaca-se Rendez-vous, na Casa dos Contos, em Ouro Preto; Ex-vi, no Centro Cultural UFMG; mostra sobre o MST, na Escola Guignard; O peso da luz, no Centro Cultural de Belo Horizonte; O corpo e seus extremos, na Galeria da Biblioteca Pública de Belo Horizonte.