O governador Antonio Anastasia e o presidente da Copasa, Ricardo Simões entregaram, na última sexta-feira, 11/06, as obras do Sistema de Esgotamento Sanitário do município de Serro. Realizada pelo Governo de Minas, por meio da Copasa e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), com recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo do Nordeste (Prodetur/NE II), a obra recebeu investimentos de R$ 12 milhões, sendo R$ 8,6 milhões provenientes do Prodetur e R$ 3,4 milhões de contrapartida da Copasa, que executou as obras.
“Trata-se de uma conclusão muito importante porque recupera completamente o tratamento de esgoto do município do Serro. Com isso, todo o Vale do Jequitinhonha se beneficia com essa obra”, destacou o governador.
O Sistema de Esgotamento Sanitário do Serro é composto por uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), 44 quilômetros de redes coletoras e interceptoras e três estações elevatórias. Com esse sistema, todo o esgoto coletado será tratado antes de ser devolvido aos rios e córregos da região, proporcionando um grande ganho ambiental e beneficiando não somente a população da cidade – em torno de 22 mil habitantes –, mas também os turistas.
De acordo com o governador Anastasia, o turismo é fundamental para o desenvolvimento da região do Alto do Jequitinhonha e, para estimulá-lo, investimentos em infraestrutura são primordiais. “Para termos turistas, devemos ter infraestrutura. E o primeiro passo é fazer o tratamento de esgoto. É água, tratamento de esgoto, energia e estradas. É o que estamos fazendo”, afirmou.
Ainda na solenidade no Serro, Antonio Anastasia e Ricardo Simões, assinaram convênio com a Prefeitura, a Copasa e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) para que a Copanor, subsidiária da Copasa nas regiões Norte de Minas e Vales do Jequitinhona e Mucuri, possa prestar serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos Distritos de São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Três Barras da Estrada Real, Pedro Lessa e Vila Deputado Augusto Clementino, além das Comunidades de Capivari, Boa Vista de Lages, Pedra Redonda e Ribeirão.
O Sistema de Tratamento do Serro
O sistema implantado trará grande ganho ambiental, já que utiliza reatores anaeróbios, que não consomem energia elétrica nem produtos químicos, e o pós- tratamento é feito com lagoa fotossintética aerada seguida de lagoa de maturação. “Este é um sistema adequado ao porte do Serro, com baixo custo de operação, racionalização do meio energético e ganho ambiental. Atende aos padrões requisitados pela legislação e não utiliza produtos químicos no processo. O tratamento é o mais natural e simplificado possível”, explica Jussara Cristina Gonçalves de Oliveira, Engenheira de Produção da Copasa. A ETE Serro tem uma vazão média de 30 litros por segundo.
Como funciona: nos reatores anaeróbios - grandes recipientes em estrutura de concreto, é feito o confinamento do esgoto por um determinado período, onde 70% da carga orgânica é processada sem consumo de energia e sem oxigênio. Posteriormente, o efluente é encaminhado para a lagoa fotossintética aerada (uma grande lagoa de 63 metros de largura por 137 metros de comprimento), seguida de uma lagoa de maturação (com 33,5 metros de largura por 167,5 metros de comprimento), prevista para redução de coliformes fecais. A utilização de aeradores visa complementar a introdução de oxigênio necessário para manter a população das bactérias que realizam o tratamento biológico.
A cidade do Serro
Localizada a 330 km de Belo Horizonte, na região do Alto Jequitinhonha, na Serra do Espinhaço, a cidade é cercada por montanhas, nascentes, cachoeiras e cabeceiras de rios que alimentam os rios Jequitinhonha e o Doce. Tricentenária histórica e tradicional é a primeira cidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IRFAN. Serro também está inserida no circuito dos Diamantes e no maior complexo turístico do Brasil – a Estrada Real.