O encontro com a missão do banco alemão Kreditanstalt fur Wiederanufbau (KfW), ocorrido esta semana na sede da Copasa, em Belo Horizonte, para ajustar os termos do contrato de empréstimo de 100 milhões de euros junto ao banco teve um grande avanço.
Após três dias de discussão as duas instituições trabalharam nos pontos que apresentavam atraso, permitindo evoluir nas questões em aberto para atender os trâmites exigidos para oficializar a operação internacional. De acordo com Paulo Fernando Lopes, coordenador geral da Unidade de Gestão de Projetos da Copasa (UGP) a previsão é que até o início do mês de junho deste ano o contrato seja assinado.
“Ambas as partes tem interesse na agilidade do processo. O convênio firmado entre o Brasil e a Alemanha é uma iniciativa do Governo de Minas, através da Copasa, que juntamente com o Governo Federal, buscam recursos para a melhoria das condições ambientais e climáticas e, sobretudo a melhoria das condições de vida da população. Isto veio ao encontro dos interesses do banco”, informa.
Os recursos pleiteados junto ao KfW somados a outros 20 milhões de euros que entrará como contrapartida da companhia mineira no programa, serão aplicados na implantação de sistemas de coleta e tratamento dos esgotos sanitários de cidades localizadas nas área da bacia; construção de Unidades de Tratamento de Resíduos – UTR, nas Estações de Tratamento de Água – ETA’s dos sistemas Vargem das Flores, em Betim, e Serra Azul, em Juatuba; implantação de sistema de aproveitamento energético de Biogás nas Estações de Tratamento de Esgoto – ETE’s Central de Betim e da sede de Ibirité; implantação do Sistema Integrado de Proteção de Mananciais – SIPAM, para o desenvolvimento de ações de preservação e sensibilização ambiental das comunidades que vivem nas localidades ribeirinhas do Paraopeba.
O banco alemão já desenvolve outros projetos em Minas Gerais com a Cemig e a Semad - Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Segundo Jürgen Kern, diretor da Agência KfW no Brasil, a operação financeira junto a Copasa faz parte do marco de cooperação técnica entre o Brasil e Alemanha, pois o banco visa a melhoria das condições climáticas e ambientais do país para proporcionar melhores condições para o meio ambiente e para a população.
“No caso da Copasa, a revitalização e a preservação da Bacia do Paraopeba é muito importante por se tratar de um dos principais mananciais que abastece a região metropolitana, por intermédio dos sistemas Rio Manso e Vargem das Flores”, comenta Kern.
Para ele a reunião foi muito produtiva não só para definição da parte técnica e da preparação do contrato de financiamento, mas também para adiantar as questões voltadas para a implementação do projeto, após a assinatura do contrato.
Além do coordenador da UGP, também participaram das conversas o presidente da Copasa, Ricardo Simões, a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Paula Vasques Bittencourt, entre outros. Pelo Kfw, além do diretor, a gerente de Infraestrutura Social e Modernização do Estado – Região América Latina e Caribe, Tabea von Frieling, o engenheiro sanitarista, Wolfgang Schwaab e o representante do banco no Brasil, Miguel Lanna.