Com o objetivo de alinhar as informações referentes ao Programa de Despoluição da Bacia da Lagoa da Pampulha, a Copasa realizou no dia 23/4, o primeiro fórum com as equipes envolvidas no programa.
A Bacia da Lagoa da Pampulha tem uma área de 98,4 quilômetros quadrados e é formada por oito sub-bacias localizadas nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. Ela faz parte da Bacia do Ribeirão do Onça e integra a Bacia do Rio das Velhas.
Para resgatar este passivo ambiental com os municípios, a Copasa, irá executar 37 obras, destacando entre elas a implantação de mais de 78 quilômetros de redes coletoras e interceptoras, a construção de quatro Estações Elevatórias e a interligação de cerca de 10 mil imóveis às redes de esgoto. Este programa de saneamento básico é ambientalmente necessário e prioritário e irá reduzir a carga orgânica que é lançada na Lagoa da Pampulha em mais de 95%.
Para execução dessas obras será necessário tratamento de fundo de vales que irá culminar na remoção e reassentamento de 380 famílias. De acordo com o gestor do empreendimento Valter Vilela, apesar da sua complexidade, ainda em 2012 serão concluídas 15 das 37 obras, conforme pactuado com o Governo do Estado.
Para viabilizar essas obras, a Copasa está trabalhando em parceria com as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, buscando alternativas de atuação. Além disto, a Copasa paralelamente às obras irá implantar um trabalho técnico para cuidar especificamente das questões sociais e ambientais. Além de desenvolver políticas de comunicação específicas para divulgar e dar visibilidade e transparência às etapas do empreendimento, seguindo as diretrizes definidas no Planejamento Estratégico da Copasa.
O presidente Ricardo Simões, reforçou o compromisso da empresa em mais esta empreitada e disse na ocasião: “o programa está todo estruturado. E para devolver a Belo Horizonte este cartão postal cobiçado é preciso o envolvimento de todos”.
Valter Vilela completou: “a recuperação da Lagoa da Pampulha demanda um conjunto de ações interativas e integradoras que exigem medidas adequadas para conservação, proteção e monitoramento e requerem uma visão mais ampla sob o enfoque socioambiental e do fortalecimento do papel da população e dos municípios”.
Finalizando o gestor acrescentou: “é importante uma atuação constante para evitar novas ocupações e garantir o correto uso e ocupação do solo. Além disso, conscientizar a população para ajudar a proteger a lagoa e aderir aos serviços de esgotamento sanitário, ou seja interligar seus imóveis à rede de esgoto”.
A lagoa artificial da Pampulha foi construída pelo prefeito Juscelino Kubitscheck, na década de 40. Para compor o seu entorno, Oscar Niemeyer projetou um conjunto arquitetônico que se tornou referência internacional além de influenciar toda a arquitetura moderna brasileira. Fazem parte do conjunto a igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube. Os jardins de Burle Marx, a pintura de Portinari e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa completam e valorizam o projeto concebido para a lagoa. A orla da Pampulha concentra várias opções de lazer, como o ginásio do Mineirinho, o Jardim Zoológico, o Centro de Preparação Eqüestre da Lagoa e pistas para ciclismo e caminhada. É lá também que está o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como "Mineirão".