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Localizada na região de Sabará, a ETE Arrudas é uma das maiores e mais modernas do país. Ela ocupa 63,84 hectares e opera, inicialmente, para 1 milhão de habitantes, podendo ampliar seu atendimento para até 1,6 milhões de pessoas.
A capacidade atual de tratamento a nível secundário da Ete Arrudas é de 2,250m³/s (dois mil, duzentos e cinquenta litros de esgoto a cada segundo). No entanto, está em fase de implantação a ampliação de sua capacidade para 3,375m³/s, sendo que a previsão em fase final é 4,5m³/s.
PRINCIPAIS UNIDADES DE TRATAMENTO.
UNIDADES DA FASE LÍQUIDA
Grade grossa – Remove os sólidos grosseiros (estopa, plásticos, papéis, etc) e é de limpeza manual.
Grade Fina Mecanizada – Remove os sólidos de dimensões bem menores que não ficaram retidos na grade grossa.
Desarenador – Retira mecanicamente os materiais inorgânicos (ex: areia) presentes nos esgotos.

Combate a Odor - Sistema de captura, exaustão e tratamento dos gases gerados no tratamento preliminar com a finalidade de eliminar o mau cheiro causado basicamente pelas emissões de gases sulfídricos.
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Decantadores Primários – São removidos dessa unidade os sólidos em suspensão sedimentáveis, os sólidos flutuantes (gorduras) e parte da matéria orgânica (DBO) dos esgotos.>
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Reatores Biológicos – Unidades onde ocorre a remoção da matéria orgânica (DBO) do afluente pela ação de microorganismos aeróbios submetidos à aeração artificial, mediante fornecimento de ar por dispositivos mecânicos, que permitem a formação e contato de uma biomassa em suspensão (floco biológico) com a matéria orgânica presente.
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Decantadores Secundários – Unidades onde ocorre a separação sólido/líquido do efluente do reator biológico, de modo a sedimentar e concentrar os flocos biológicos (lodo) no fundo do tanque e permitir a clarificação do líquido a ser enviado ao corpo receptor.
Elevatória de Retorno de Lodo – Recircula continuamente o lodo do fundo dos decantadores secundários para os reatores biológicos, através de uma linha de recirculação.
Elevatória de Lodo Excedente – Envia o excesso de lodo produzido no processo para os adensadores, de modo a manter constante a concentração de biomassa (microorganismos) nos reatores biológicos.
Sopradores de Ar – Fornecem o oxigênio necessário aos reatores biológicos.
UNIDADES DA FASE SÓLIDA
Adensadores por Gravidade – Produzem o aumento da concentração do lodo, por sedimentação, reduzindo seu volume e teor de umidade. O líquido sobrenadante é encaminhado aos decantadores primários enquanto o lodo é encaminhado aos digestores anaeróbios.
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Digestores Anaeróbios – O lodo e a escuma provenientes das elevatórias de lodo e escuma primários são encaminhados a essas unidades, onde ocorrem a estabilização da matéria orgânica e a redução dos sólidos voláteis. Parte da matéria orgânica é convertida em gás pela fermentação anaeróbia e transformação dos ácidos orgânicos. O lodo digerido é encaminhado a um tanque aberto, denominado digestor secundário, onde ocorre a separação lodo/líquido.
O líquido drenado retorna então para os decantadores primários.
Desidratação Mecânica – Reduz o volume de água remanescente no lodo digerido vindo do digestor secundário, pelo processo de centrifugação. O líquido drenado retorna então para os decantadores primários.
Queimador de Gás – Realiza queima do gás metano (CH4), produzido nos digestores anaeróbios.
DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Aterro de Resíduos do Tratamento Preliminar – O material sólido removido no tratamento preliminar é encaminhado para o aterro sanitário da SLU - Superintendência de Limpeza Urbana.
Aterro do Lodo Desidratado – O lodo desidratado pelas centrífugas é encaminhado para o aterro sanitário da SLU - Superintendência de Limpeza Urbana.
COGERAÇÃO DE ENERGIA

Sistema composto basicamente de armazenamento do biogás, tratamento e condução do gás tratado para três conjuntos de quatro microturbinas de 200 kW cada, perfazendo uma instalação total de 2,4 MW de potência instalada. A energia elétrica gerada nessa pequena central termelétrica será utilizada integralmente na própria planta, devendo gerar uma potência firme capaz de suprir cerca de 90% da necessidade da estação. O calor dos gases de exaustão das microturbinas será conduzido para trocadores de calor gás – água e água – lodo, de modo a aquecer o lodo proveniente dos biodigestores, num circuito fechado, aumentando a temperatura média no interior dos mesmos, otimizando a digestão e aumentando a produção do biogás que alimenta as microturbinas.
UNIDADES DE APOIO E CONTROLE<>>>
Laboratório de Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas – Tem a função de monitorar a qualidade do afluente e efluente da ETE Arrudas, bem como de todo o processo de tratamento.
Oficina de Manutenção Eletromecânica e Instrumentação – Responsável pelos programas de manutenção preditiva, preventiva e corretiva da ETE.
Sistema Elétrico – É constituído por uma subestação elétrica, que abaixa a tensão de 138 Kv para 13,8 Kv.
Sistema de Supervisão e Controle – É responsável pelo monitoramento e controle do processo de tratamento de esgotos. Permite simplificação e otimização das atividades de operação e manutenção da estação. É composto por microcomputadores com programas de supervisão e controle, que permitem a navegação por telas de todas as unidades do processo e informação em tempo real de todos os equipamentos e instrumentação de medição e controle da ETE.
CEAM ETE ARRUDAS
A ETE Arrudas possui um Centro de Educação Ambiental – CEAM ETE Arrudas, criado com o objetivo de realizar atividades ligadas ao meio ambiente e promover a conscientização da preservação ambiental. Entre outras atividades, será um local de visitação aberto para todos os segmentos sociais.
O CEAM ETE Arrudas tem como grande destaque o sistema de biomonitoramento, composto por um aquário de aproximadamente dez mil litros, que é alimentado exclusivamente pelo líquido resultante do tratamento dos esgotos da ETE Arrudas, permitindo controlar a qualidade do efluente final da estação de tratamento, antes de ser lançado no Ribeirão Arrudas. Uma das particularidades deste biomonitoramento é a utilização de peixes da própria bacia do São Francisco como indicadores de eficiência. Dentre várias espécies encontradas, existem: matrinxâ, mandi amarelo, curimatã e piau branco.
O Centro em questão faz parte da filosofia da COPASA de incluir os mineiros nas atividades de educação ambiental para criar laços de respeito, conhecimento e preservação do meio ambiente.
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