Os números apontados pelo método do IQSA, criado pelo geógrafo Paulo Eduardo Borges, pesquisador da UFMG, levam em consideração vários parâmetros, além dos usualmente considerados pelos técnicos do setor de saneamento. Assim, incorpora aos números relativos ao abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a coleta e a destinação final dos resíduos sólidos e drenagem urbana, dados como: área verde, uso e ocupação do solo, escolaridade e renda.
Dentro dos 52 municípios do Colar Metropolitano, a Copasa é responsável pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de 22 municípios e em 19 opera somente água. Importantes municípios como Sete Lagoas, Sabará, Nova Lima, Itaúna, Caeté e outros a empresa não detém a concessão para a operação dos sistemas de esgotamento sanitário.
Os investimentos e as ações da Copasa, nos últimos anos, mostram os esforços da Companhia para garantir melhores condições de vida e saúde para a população. O caminho que vem sendo perseguido pela companhia mostra melhoria e crescimento do setor em todo Estado de Minas Gerais.
Nos últimos nove anos, a Copasa investiu pesado e continua investindo em obras para atender a população das cidades onde atua. Somente, na Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH, de 2003 até hoje o número de pessoas com acesso ao abastecimento de água saltou de 4,4 milhões para 5,5 milhões, apresentando um crescimento de mais de 25%. Já com os serviços de esgotamento sanitário os resultados são ainda melhores. Os números saltaram de 3,1 milhões para 4,4 milhões de pessoas atendidas com o serviço, representando um crescimento de mais de 40%.
Para atingir estes resultados, a Copasa investiu cerca de R$ 2,6 bilhões, que somados aos R$ 552 milhões, previsto para este ano, elevará o atendimento do abastecimento de água para a casa dos 98% e 85% com esgoto coletado, destes 80% será tratado, na região metropolitana. E a meta da Copasa é chegar em 2014, a 100% e 90%, respectivamente, nos municípios onde atua.
De acordo com o gerente do Departamento Operacional Metropolitana, João Andrade, a meta é ambiciosa, até porque, alavancar o saneamento não depende somente dos investimentos e das ações da Copasa. Para ele, existem outros fatores que dificultam a expansão do saneamento, entre outros, o crescimento e a ocupação desordenada das cidades. “Existem determinados bairros que não tem infraestrutura, os chamados loteamentos irregulares que não permitem a implantação das redes. Esta situação gera um passivo para a Copasa”, comentou o gerente.
Obras em destaque
A empresa vem desenvolvendo um extenso conjunto de obras para garantir água em quantidade e qualidade suficiente para a população, ampliando a capacidade de produção, distribuição e de reservação, além de programas de eficientização de recursos para agregar mais confiabilidade aos sistemas. Um dos exemplos são as obras da Linha Azul e da adutora de Integração.
Estes dois empreendimentos compreendem a implantação de mais de 50 quilômetros de redes adutoras de água tratada e a construção de grandes reservatórios, que vão aumentar a oferta de água em mais 130 milhões de litros de água por dia, que vão abastecer, entre outras regiões, o vetor norte da capital e as cidades de Lagoa Santa, São José da Lapa, Vespasiano e a região do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.
Já nos serviços de esgotamento sanitário, a Copasa vem implantando redes coletoras e interceptoras de esgotos, bem como construindo modernas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), nas 22 cidades em que opera os serviços de esgotamento. Atualmente, na região metropolitana já existem 32 estações de tratamento em operação e 15 estão em construção.
Outro destaque dos empreendimentos na RMBH é o Programa de despoluição da bacia da Pampulha. Entre as obras, destaca-se a implantação de mais de 78 quilômetros de redes coletoras e interceptoras, a construção de quatro estações de bombeamento de esgoto e a interligação de cerca de 10 mil imóveis às redes de esgoto.
O programa envolverá recursos da ordem de R$ 102 milhões e irá contribuir para reduzir a carga orgânica que é lançada na Lagoa da Pampulha em mais de 95%. Para executar estas obras será necessário tratamento de fundo de vales que irá culminar na remoção e o reassentamento de 380 famílias.