Empresa investiu mais de R$30 milhões para melhorar a qualidade de vida da população
A população de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, recebe mais um benefício da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A empresa, que atua no sistema de abastecimento de água, coleta, transporte e manutenção do sistema de esgotamento sanitário no município desde 1998, inicia a operação, no mês de maio, da Estação de Tratamento de Esgoto, que terá capacidade de tratar cerca de 13 milhões de litros por dia.
Para concluir a implantação do novo sistema de esgotamento sanitário, a Copasa investiu, ao longo dos anos, mais de R$ 30 milhões para implantação de rede, interceptores, elevatórias e Estação de Tratamento de Esgoto.
Foram recuperados grande parte dos 75 mil metros de redes coletoras existentes, construídos 25 mil metros de redes e implantados 15 mil metros de interceptores – com diâmetro entre 150 e 500 mm - para que todo o esgoto coletado na cidade possa ser conduzido à estação de tratamento.
A nova estação de tratamento também trará benefícios ambientais e sanitários para Santa Rita do Sapucaí e cidades contíguas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cada real gasto com saneamento economiza quatro reais no sistema de saúde.
A coordenadora Materno Infantil da Secretaria de Saúde de Santa Rita do Sapucaí, Rosangela Veronezi, comemora a construção da estação de tratamento na cidade. Segundo ela, o tratamento de esgoto vai reduzir o número de internações nas unidades de saúde e evitar doenças provenientes de vermes, como viroses e diarreias.
Como funciona
O novo sistema de esgotamento sanitário utiliza o processo “separador único”. Por meio dele, o esgoto doméstico é coletado independente da rede pluvial e não se mistura com a água da chuva e enxurrada. “As redes coletoras são exclusivas para o esgoto e as redes pluviais para a água da chuva”, explica o gerente do distrito do Alto da Mantiqueira da Copasa, Tales Mota.
Todo o sistema possui 115 mil metros de redes coletoras e interceptores, além de cinco elevatórias que transportam o esgoto à estação de tratamento, que tem capacidade para tratar 100% do esgoto coletado na área urbana da cidade.
Atualmente, a empresa coleta 98,5% do esgoto da população de Santa Rita. “A Copasa só não atingiu 100% de atendimento porque uma parte da população ainda utiliza fontes alternativas, como fossas e sumidouros”, afirma Tales Mota.
A Estação de Tratamento de Esgoto de Santa Rita possui ainda tratamento preliminar seguido de reator anaeróbio de fluxo ascendente, leito de secagem de escuma, desidratação de lodo por centrífuga e área para destino do lodo seco.
Com o tratamento preliminar, a Copasa retira materiais sólidos descartados na rede de esgoto, como papéis, plásticos e areia. O reator anaeróbio de fluxo ascendente executa o tratamento biológico do material orgânico do esgoto, reduzindo a carga orgânica que consome o oxigênio existente na água dos rios e ribeirões, mantendo assim, o equilíbrio da fauna e flora aquática.
O lodo formado neste processo é encaminhado para a centrífuga, que separa o sólido do líquido. Já a escuma é desidratada no leito de secagem. Lodo e escuma são destinados a uma área da estação de tratamento, devidamente preparada para este descarte.
Qualidade da água
Quando a empresa assumiu o Sistema de Abastecimento de Água na cidade havia 6.586 ligações de água. Agora, em 2013, o número de ligações é de 11.404. A Copasa implantou um moderno sistema de tratamento, com uma Estação de Tratamento de Água (ETA) que tem capacidade para produzir 8,6 milhões de litros/dia. Hoje, 98,5% da população de Santa Rita do Sapucaí recebe água tratada em casa.
Para atender a demanda de mais de 11 mil imóveis do município são produzidos cerca de 5,5 milhões de litros/dia, distribuídos por mais de 120 mil metros de rede (com uma capacidade de reservar 4,125 milhões de litros/dia).
Programa “Água da Gente”
No ano de seu cinquentenário, a Copasa recebeu do Estado de Minas Gerais uma importante missão: colocar em prática o maior programa de investimento em saneamento básico da história do Estado, o “Água da Gente”. Ao todo, serão investidos até 2016 R$ 4,5 bilhões nas 625 cidades em que a empresa atua, beneficiando cerca de 15,2 milhões de pessoas com abastecimento de água e 10,1 milhões com esgotamento sanitário. O anúncio foi feito em 20 de março pelo governador Antonio Anastasia em solenidade que reuniu prefeitos de diversos municípios.
Com o “Água da Gente” serão implantados 5,8 mil quilômetros de redes de água e de esgoto e construídas 107 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Ao final do programa, em 2016, o tratamento de esgoto em Minas Gerais subirá do atual índice de 66% do esgoto coletado para 85%.