Quem passou pela praça Sete, centro de Belo Horizonte, na última terça-feira, 19/11, pode conferir a exposição com 60 vasos sanitários montada pela Companhia de Saneamento de Minas (Copasa). E quem não viu ou quer ver novamente, terá mais uma oportunidade. A instalação pode ser visitada até o dia 28 de novembro no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), na avenida Belém, 40, bairro Pompéia.
A campanha da Copasa, que celebrou o Dia Mundial do Banheiro, foi criada para conscientizar a população sobre a importância do sistema de esgotamento sanitário, tratando, inclusive, dos problemas gerados pelo descarte de lixo nas redes de esgoto. Para reforçar a discussão sobre esses transtornos relacionados aos resíduos, a mostra passou a integrar o circuito de intervenções artísticas da Semana Mineira de Redução de Resíduos.
Realizada pelo CMRR, Fundação Israel Pinheiro, Servas, Feam e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Semana está em sua quarta edição. Tem por objetivo mobilizar a sociedade para que ela própria tome consciência e participe de forma efetiva das soluções para a questão dos resíduos gerados pela sociedade. A programação conta com palestras, mesa redonda, seminários e exibição de filme e encerra-se em 21 de novembro.
Problema enfrentado pela Copasa
Um dos temas trabalhados pela Copasa na mostra realizada na praça Sete, os resíduos descartados indevidamente na rede de esgoto causam transtornos à Companhia e à própria sociedade. Os Vilões do Esgoto, personagens lançados na campanha, ilustram os materiais inimigos dessas redes, como preservativos, cotonetes, guimba de cigarro, oléo, fio de cabelo e fio dental. Diariamente, a empresa retira 45 toneladas de resíduos das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Considerando as ETEs operadas pela Companhia em todo o Estado, o volume de lixo removido chega a 100 toneladas ao dia.
De acordo com o superintendente de Serviços e Tratamento de Efluentes da Copasa, Eugênio Silva, além de entupimentos e retorno do esgoto nos imóveis, jogar lixo na rede esgoto eleva, significativamente, os custos do processo de tratamento. “Anualmente, a Copasa gasta cerca de R$30 milhões para manutenção do sistema de esgotamento sanitário da região metropolitana de Belo Horizonte. Com esse montante, é possível construir dez Estações de Tratamento de Esgoto, atendendo municípios com até 20 mil habitantes”, explica.