Programa está presente em 18 cidades mineiras e a maioria com Comitê Gestor Local formado
No dia 02 de abril, 35 professores da rede estadual e municipal de ensino de Igarapé percorreram trecho do Ribeirão Estiva e do Córrego do Mosquito. A visitação faz parte do planejamento do Programa Cultivando Água Boa (CAB) para 2016, com o objetivo de conhecer as condições do curso d’água e identificar as ações necessárias para preservar e proteger os mananciais responsáveis pelo abastecimento de parte da população de Igarapé.

A assessora Técnica da Presidência da Copasa, Maria Conceição Menezes “Saozinha”, explicou que este encontro já foi um desdobramento das primeiras reuniões realizadas com o Comitê Gestor do CAB de Contagem e Igarapé, nos dias 29 e 30 de março. Nestes dois dias, além de discutir o planejamento das ações, também foi feito um relato da experiência dos componentes da comitiva de Minas Gerais no 13º Encontro do Cultivando Água Boa de Itaipu.

O Encontro, realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, contou com a presença do teólogo Leonardo Boff, padrinho do Cultivando Água Boa e de comitivas de vários países latino americanos, entre eles, Guatemala, República Dominicana e Paraguai, que já desenvolve o CAB e de mais de três mil pessoas nas oficinas e nas mesas de debates. Para Rogério Sepúlveda, assessor técnico da diretoria de Operação Metropolitana (DMT) e membro da comitiva mineira, foi uma experiência muito enriquecedora conhecer as ações executadas nos municípios participantes do CAB de Itaipu e participar do encontro de todos os comitês locais. “Nossa expectativa é aplicar essa experiência nos municípios mineiros e ampliar esse intercâmbio, que inclusive já está programado para os dias 18 e 19/04, o Iº Encontro Água Boa de Minas Gerai, em Varginha”, informou. De acordo com Rogério, a cidade foi pioneira na implantação do CAB em Minas Gerais e, por isto, vai sediar o primeiro encontro dos comitês gestores locais das cidades que estão desenvolvendo o programa.
CAB
O Programa Cultivando Água Boa (CAB) é uma iniciativa socioambiental, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a melhor política de gestão de recursos hídricos do mundo para promover a recuperação de microbacias, proteção das matas ciliares e da biodiversidade, além do respeito e o cuidado com o meio ambiente. O CAB trabalha de maneira integrada e articulada com os vários órgãos de diferentes níveis de governo, buscando recuperar a quantidade e qualidade das águas, levando-se em consideração os seus diversos usos, tais como a produção de alimentos, de energia, abastecimento público, lazer e turismo.
Em 25 de março de 2015, o Governo de Minas Gerais firmou um acordo de cooperação técnica com a Itaipu Binacional, desenvolvedora do
programa, e constituiu um grupo de trabalho para elaborar estudos e propor a reestruturação dos programas da administração pública estadual para incorporar as boas práticas e as experiências do “Cultivando Água Boa”.
A Comissão de Trabalho é composta, além da Copasa, por representantes da Cemig, Emater, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE), Secretaria de Educação (SEE), Instituto Estadual de Floresta (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O Cultivando Água Boa, em Minas Gerais, foi apresentado e formado Comitê Gestor Local em Brazópolis (microbacida da Luminosa); Campos Gerais (Ribeirão do Cervo); Capitólio ( Córregos Ambrósio e Grotão); Contagem (Represa de Várgem das Flores); Frutal (Ribeirão Frutal); Guimarânia (Córrego da Loca); Igarapé (Ribeirão Estiva); Itajubá (Ribeirão da Pedra Preta); Monte Belo (Ribeirão Cachoeira); Patos de Minas (Córregos Bauzinho e Canavial); Pedralva (Ribeirão das Posses); Piranguinho (Açudinho); Pouso Alegre (Ribeirão Anhumas); Santa Rita do Sapucaí (Ribeirão Balaio); São Sebastião do Paraíso (Córrego do Liso); São Tiago (Córrego Sujo); e, Varginha (Ribeirão Santana).