Realizado pela Copasa, empreendimento gera empregos, contratação de serviços e compra de materiais que movimentam mais de R$1 milhão por mês na cidade
Para além dos benefícios ambientais e os impactos positivos na qualidade de vida da população, a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na bacia do rio Itapecerica, em Divinópolis, o empreendimento também gera emprego e renda no município, fomentando a cadeia produtiva local.
A empreiteira Artec, contratada para realizar a obra, movimenta mais de R$1,5 milhão de reais por mês em diversas áreas da cidade. Contratada desde outubro de 2017, a empresa compra mensalmente cerca de R$ 1,2 milhão em materiais de construção nas lojas de Divinópolis. Dentre os produtos adquiridos estão cimento, areia, brita, concreto, material elétrico e madeira. “Basicamente tudo é adquirido de lojas locais e empresas divinopolitanas”, conta o engenheiro chefe da empresa, Ricardo Dias.
Luciano Rodrigues, responsável pela unidade de Divinópolis da Polimix Concreto, afirma que a obra aumentou o faturamento da empresa em cerca de 30%. “O volume de concreto é muito bom. Foram contratados cerca de seis mil metros cúbicos de concreto somente na obra da ETE. Isso realmente impactou no nosso faturamento”, diz ele.
O empreendimento gera 300 empregos diretos e mais 60 contratados de forma terceirizada – destes, 67% são cidadãos de Divinópolis. Dentre esses trabalhadores está o pedreiro Amaildo Raimuyndo Ferreira, morador do bairro Vila Romana, que destaca a importância da obra na cidade.
“Aprendemos como funciona o tratamento e entendemos que o nosso papel aqui é vital para a cidade. Será bom para todos, pois teremos água mais limpa e o esgoto ficará tratado, livrando da poluição as pessoas que moram perto de córregos e rios da cidade”, explica.
Todo esse contingente de pessoal deixa todo mês mais de R$ 51 mil em alimentação nos restaurantes, padarias e lanchonetes da cidade. O empreendimento também movimenta outros setores da economia local, como vestuário, itens pessoais de higiene e combustível, entre outros.
Mateus de Almeida é proprietário do restaurante Panela de Barro, que atende os funcionários da obra. Segundo ele, todos os dias são mais de 149 embalagens de marmitex enviados para os trabalhadores, no almoço e no jantar. “Nossa demanda aumentou em pelo menos 30%. Enviamos a alimentação de domingo a domingo e isso tem produzido uma renda extra”, conta.
Além disso, foram alugadas 12 casas para abrigar os trabalhadores que vieram de fora da cidade, e muitos deles também ocupam quartos de hotéis e outras acomodações periodicamente. Cerca de R$ 9 mil são gastos mensalmente com essas locações.
“Para a Copasa fica muito evidente que os benefícios dos investimentos destinados à obra vão muito além da ampliação da capacidade de atendimento do sistema de esgotamento sanitário. Toda a sociedade local, de alguma forma, se beneficia do empreendimento e isso é muito positivo para a cidade”, afirma João Martins, Superintendente de Operações Centro e Oeste.
Estação de Tratamento
Junto com o Sistema de Esgotamento Sanitário da Bacia do Rio Pará, em operação desde 2013, a nova estrutura, que demanda recursos da ordem de R$ 143 milhões, garantirá o tratamento de 100% dos efluentes coletados na cidade.
Serão instalados 6.130 metros de redes coletoras; 74.400 metros de interceptores; 14 travessias; 10 estações elevatórias e as respectivas linhas de bombeamento. A ETE terá capacidade de receber tratar 400 litros de efluente por segundo (l/s). A estimativa é que a obra seja entregue até o final de 2018.