Alunos da rede pública de Contagem ficaram em 1º lugar na pesquisa sobre tratamento de água realizada com o apoio da Copasa

A Estação de Tratamento de Água da Copasa – ETA Morro Redondo foi o laboratório dos estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental - Área Ciências Biológicas, da Escola Municipal do Bairro Tropical, de Contagem, para a realização de pesquisa científica sobre as etapas de tratamento da água. O trabalho, inscrito pelo professor de ciências e orientador da pesquisa, Leonardo Oliveira Barbosa, foi premiado em 1º lugar na categoria B (estudantes do 6º ao 9º ano), na 7ª Feira Brasileira de Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat), realizada entre os dias 21 e 23 de outubro de 2019, em Belo Horizonte.
Para conhecer os processos de tratamento, o professor e seus alunos visitaram a ETA Morro Redondo da Copasa, que fica no bairro Belvedere, na capital mineira, onde contaram com todo apoio e suporte técnico da empresa.
Segundo o professor Leonardo, a visita à ETA foi um divisor de águas para o desenvolvimento do trabalho. “O acolhimento que a empresa nos deu, por meio dos empregados Claus Roberto Alves, Juliana Maria de Carvalho, Lorraine Ribeiro Falqueto e Marcos Fortunato Ramos, foi fundamental para conhecer os processos na prática e tirar todas as dúvidas em relação às etapas de tratamento da água”, comentou o professor.

A analista socioambiental da Copasa, Lorraine Ribeiro, conta que acompanhou o professor e os quatro pesquisadores juniores na visita à Copasa desde o início dos trabalhos. “Os olhos deles brilhavam. Eles prestavam atenção em tudo, anotavam e faziam diversas perguntas” conta a analista. Acrescentando disse: “Poucas vezes atendemos alunos tão interessados. Estivemos na feira e ficamos muito orgulhosos. Os estudantes deram todas as explicações com segurança e demostraram bastante conhecimento sobre o assunto”.
Como premiação pelo primeiro lugar, os alunos receberam uma placa, um certificado, além de credencial para a “Feira Explora” na Colômbia, em 2020, e uma Bolsa de Iniciação Científica Jr. do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para continuarem a desenvolver a pesquisa.
“Para nós do Setor de Atuação Socioambiental (SAS) da Copasa, a premiação também é um reconhecimento e uma valorização do nosso trabalho. Foi motivador perceber que a educação ambiental realizada por nós trouxe um resultado tão importante como esse. É como se tivéssemos tirado primeiro lugar junto com eles”, afirma Lorraine.
Aprendizado e motivação
Para o estudante e pesquisador júnior, Eduardo Gomes Viana, a Copasa foi essencial para a realização da pesquisa. “Eu aprendi todos os processos e os procedimentos que a água passa até chegar limpa em nossas casas. Também percebemos a importância dos profissionais que trabalham nesse processo, porque é preciso muita atenção, especialmente, na área de química”, observou.
Já o estudante e pesquisador júnior, Daniel Januário, explicou sobre a pesquisa: “tratamos a água do córrego do bairro em um laboratório da escola, incluindo praticamente todas as etapas, faltando apenas uma que é a análise de micro-organismos. Aprendemos química e física. Enfim, entendemos, com esse trabalho, a importância da água e porque ela deve ser tratada e cuidada”.
Mestrado com especialização em Ciências Biológicas, o professor Leonardo dá aulas de Ciências Naturais do 6º ao 9º ano, desde 2003, e iniciou o desenvolvimento de trabalhos para feiras de Ciências em 2005. “Acredito que os temas escolhidos pelos próprios estudantes são imprescindíveis para motivá-los. Partimos do interesse dos alunos para começar a investigação. Isso faz muita diferença para o estudo e a pesquisa, e ver essa motivação muito me incentiva”, disse. No ano que vem, os quatro alunos darão continuidade à pesquisa na escola, orientados pelo professor. “Eles serão pagos pelo CNPq para continuar pesquisando. Isso é bom demais”, comemora o professor.