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A Copasa recebeu, novamente, em Belo Horizonte, os representantes do banco alemão KfW, no dia 21/01, quando foi apresentado e discutido o andamento das obras e das ações previstas no Programa Copasa na Bacia Hidrográfica do Paraopeba.
O gestor do KfW para os Projetos de Água e Saneamento da America Latina e Caribe, Thomaz Wittur, após as reuniões com os representantes da Unidade de Gestão de Programa/UGP, mostrou-se satisfeito com o progresso das obras dos sistemas de esgotamento sanitário, das ações de mobilização social para a adesão aos serviços e dos trabalhos de proteção aos mananciais. Na sua avaliação, desde a última visita, em setembro de 2013, apesar do pouco tempo, as estratégias implementadas surtiram efeito. “Percebemos que de setembro pra cá, com a adoção das novas estratégias, todos os processos avançaram”, comentou.
De acordo com Thomas, o planejamento do programa está dentro do esperado. Na ocasião sugeriu que fossem feitos alguns ajustes nos elementos de concepção dos projetos dos sistemas de esgotamento sanitário e implementação de monitoramento dos impactos do programa.
Parceiros da Copasa, desde o final de 2011, como agente financiador do Programa na Bacia do Paraopeba, o banco alemão KfW, realiza visitas periódicas à Copasa para acompanhar e avaliar os avanços dos trabalhos.
O gestor do Programa Paraopeba, Antônio Ivan, avalia como positiva essas visitas. “Esse acompanhamento é importante porque possibilita a troca de experiência e os ajustes dos processos”, comenta.
Além de reunir com responsáveis de várias áreas da empresa que tem vinculação com o Programa, tais como Rodrigo Varella, Túlio Monteiro, Tales Viana, Pier e Antônio Laia, desta vez, a comitiva do banco também conheceu as estratégias de comunicação implementadas pela Copasa para dar maior visibilidade aos trabalhos de revitalização das águas do Paraopeba.
A visita se encerrou com um encontro com os diretores Marcos Teixeira e Paula Vasques.
Programa na Bacia do Paraopeba
O Programa envolve recursos da ordem de R$ 450 milhões para execução de obras e ações, considerando quatro componentes: a construção e ampliação de sistemas de esgotamento sanitário em Betim/Citrolândia, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ibirité, Igarapé, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Mário Campos (coleta e tratamento); a construção de duas unidades de tratamento de resíduos (UTR) nos sistemas Serra Azul e Vargem das flores; mobilização, sensibilização e educação sanitária e ambiental com ênfase na conquista do grande número de clientes factíveis existentes, objetivando melhorar a sustentabilidade financeira dos empreendimentos; e trabalhos de proteção de 30 mananciais em toda a extensão da bacia.
As obras
Em Ibirité, as obras do sistema de esgotamento sanitário, que foram iniciadas em fevereiro de 2013, envolvem recursos da ordem de R$ 140 milhões para implantação de 65 quilômetros de redes interceptoras e construção de seis estações elevatórias e uma Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Ibirité. A primeira etapa da unidade de tratamento que será concluída em meados de 2015, terá capacidade para tratar até 140 litros de esgoto por segundo e irá beneficiar os atuais 160 mil habitantes da cidade. Já com a implantação da segunda etapa, a unidade terá capacidade para atender mais de 210 mil pessoas.
A ETE de Ibirité contará com uma inovação: o tratamento terciário que será responsável pela significativa redução do fósforo e do nitrogênio contidos no esgoto, possibilitando que o efluente seja devolvido à natureza mais límpido e livre dos elementos causadores da eutrofização da Lagoa de Ibirité.
Outro grande benefício proporcionado com o tratamento terciário será a desinfecção do esgoto, por meio do sistema ultravioleta, que permite a redução de organismos patogênicos presentes no efluente. Essa etapa configura-se como a prática mais segura para o controle de agentes transmissores de doenças infecciosas, além de ser precedida por uma filtração terciária, que irá garantir a eficiência dessa desinfecção.
O lodo gerado no processo também receberá um tratamento diferenciado. Ele passará pelas etapas de digestão, adensamento e secagem, com o objetivo de remover matéria orgânica e reduzir o volume. Após ser adensado, digerido e centrifugado, o material passará por um Secador Térmico, que promoverá uma redução significativa do volume e sua completa higienização. Assim, esse subproduto poderá ser utilizado na agricultura, como adubo, ou na indústria, como combustível.
Além de dar um destino ambientalmente correto ao lodo, que concentra a maior parte da contaminação contida no esgoto, esse processo também é economicamente viável, devido a sua autossuficiência energética, já que a unidade também contará com uma Central Termoelétrica, onde o biogás, liberado durante o tratamento do esgoto, será transformado em energia elétrica.
Em Mateus Leme as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário, foram iniciadas em novembro de 2013. Entre outras intervenções, inclui a construção da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE, no bairro Nossa Senhora de Fátima.
Essas obras também estão previstas para serem concluídas em 2015, quando irá permitir que mais 30 mil mineiros passem a usufruir de infraestrutura em saneamento básico, mediante a coleta e o tratamento do esgoto.
A ETE ocupará uma área de sete hectares e terá capacidade para tratar 40 litros de esgoto por segundo. Para isso, serão implantados mais de 60 quilômetros de redes coletoras e interceptoras e construída uma estação elevatória que conduzirá o esgoto à estação de tratamento.
As obras de São Joaquim de Bicas, também estão a todo vapor. Iniciadas, no segundo semestre de 2013, o empreendimento envolverá recursos de cerca de R$ 23,5 milhões que serão aplicados na construção de 72 quilômetros de redes coletoras e interceptoras para encaminhar todo esgoto coletado à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que também terá capacidade para tratar o esgoto de Igarapé.
Com a conclusão da 1ª fase das intervenções, programada para 2014, a Copasa prevê que 76% do esgoto coletado no município seja tratado.
Em 2014, estão previstas para se iniciar as obras de Igarapé, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e as Unidades de Tratamento de Resíduos/UTR das ETAs Serra Azul e Vargem das Flores.