O diretor de Operações Norte da Copasa, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, e o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru), Tadeu Martins Leite, assinaram nesta terça-feira, 28, em Montes Claros, a ordem de serviço para que as empresas Destro Desenvolvimento de Projetos e Consultoria Ltda. e Função Engenharia realizem diagnóstico para identificar as 69 primeiras comunidades do semiárido mineiro que serão contempladas pelo Programa Água Doce (PAD).
A partir da realização do diagnóstico das comunidades que enfrentam maiores dificuldades para terem acesso a água de qualidade para consumo humano, o Governo de Minas colocará em prática investimentos para a instalação de 69 dessalinizadores. No Estado, além da Copasa e da Sedru, o Programa Água Doce conta com a participação do Instituto de Gestão das Águas (Igam) e dará prioridade de atendimento às comunidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e maior taxa de mortalidade infantil.
Representando a presidente da Copasa, Sinara Meireles, o diretor Operacional Norte, Gilson Queiroz, destacou a importância do Programa Água Doce para a população do semiárido mineiro. “Por meio do fortalecimento de parcerias com o Governo Federal e das instituições do Estado, o Governo de Minas está trabalhando com o objetivo de evitar a dispersão de esforços e proporcionar o alcance de resultados práticos na solução dos problemas de escassez e qualidade da água consumida pela população. A Copasa tem trabalhado no sentido de dar mais consistência a todos os programas que tem a implementar no Estado e, nesse sentido, o fortalecimento das parcerias com o Governo Federal e com as prefeituras é fundamental”, reforçou Gilson Queiroz.
O secretário de Estado de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Paulo Guedes, também destacou a importância de uma ação conjunta do Governo de Minas com o Governo Federal visando colocar em prática vários programas que tem por objetivo resolver os problemas de escassez de água no Norte de Minas e nos vales do Jequitinhonha e Mucuri.
“Há dois anos o Governo Federal disponibilizou mais de R$ 550 milhões para que o Governo de Minas investisse nas regiões com maiores problemas de recursos hídricos e, somente agora, com o governador Fernando Pimentel à frente do Executivo mineiro estamos tendo condições de colocar em prática as obras que já deveriam estar sendo executadas”, observou o secretário.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru), Tadeu Martins Leite, reforçou que a falta de água em várias comunidades do Norte de Minas e dos vales do Jequitinhonha e Mucuri “já poderia estar num estágio mais avançado de solução se nos últimos doze anos o Governo do Estado não tivesse deixado de ter sintonia com o Governo Federal.” Para reverter a situação, Tadeu Martins ressaltou a necessidade do fortalecimento das parcerias entre os governos Federal, Estadual e municipais e, nesse contexto, entende que o diagnóstico da situação hídrica que será realizado em 279 localidades do semiárido mineiro será fundamental para subsidiar até mesmo a Copasa quando da elaboração do Plano Estadual de Saneamento Básico.
Ainda durante a abertura da Oficinal de Diagnóstico Sócio Ambiental e Técnico, o coordenador nacional do Programa Água Doce, Renato Saraiva Ferreira disse que “o desafio do Governo Federal é grande no sentido de dotar o semiárido brasileiro de condições mínimas de acesso a água potável e de qualidade, levando-se em conta que as mudanças climáticas tem causado efeitos bastante negativos na oferta de água numa região que tradicionalmente já enfrentava sérios problemas causados pelos longos períodos de estiagem.
No caso específico de Minas Gerais, Renato Saraiva salientou que o fortalecimento de parcerias entre os governos do Estado, Federal e municípios “se constitui num fator importante no sentido de colocar em prática o Programa Água Doce que, para muitas comunidades, será fundamental no sentido de possibilitar o acesso de milhares de pessoas a água de qualidade”.
O Programa Água Doce (PAD) é implementado pelo Governo Federal, através do Ministério do Meio Ambiente, e integra o plano de ações da União com o objetivo de combater a pobreza extrema na região do semiárido, incluindo 279 comunidades de Minas Gerais e todos os Estados do Nordeste.
A assinatura da ordem de serviço integrou a solenidade de abertura da Oficina de Diagnóstico Sócio Ambiental e Técnico que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru) estará realizando em Montes Claros até quinta-feira, 30, objetivando orientar prefeitos e lideranças de 85 municípios do semiárido quanto à implementação do PAD. A oficina está sendo realizada na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams).