Copasa integra o Comitê Gestor do Conjunto Moderno da Pampulha
A presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa, Sinara Meireles e o diretor de Operação da Metropolitana, Rômulo Perilli, tomaram posse no dia 3/09, como membros titular e suplente no Comitê Gestor do Conjunto Moderno da Pampulha.
O grupo instituído por meio de portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 10 de agosto, será responsável por promover a gestão compartilhada e a articulação entre as políticas municipal, estadual e federal e monitorar a efetividade das ações governamentais de proteção ao patrimônio.
Integram o comitê 26 membros titulares e 26 suplentes, sendo dois representantes do Iphan, um representante do Iepha, um representante da Copasa, 18 representantes da PBH e quatro representantes não governamentais, ligados ao Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) Brasil, ao Escritório da Unesco no Brasil, ao Instituto dos Arquitetos do Brasil seção Minas Gerais (IAB-MG) e ao Fórum de Diretrizes Especiais da Pampulha (Fadep).
Histórico de obras da Copasa
Cerca de R$ 430 milhões já foram investidos pela Copasa e pelo Governo de Minas Gerais na despoluição da Lagoa da Pampulha desde 2002. Estes recursos foram aplicados na construção da ETAF Pampulha, na ETE Onça, na implantação das redes coletoras e interceptoras e na construção das nove estações elevatórias em Belo Horizonte e em Contagem.
Além desses recursos, o Governo Federal, por meio do PAC II, em 2010, destinou outros R$ 102 milhões, para implantação de redes coletoras e interceptoras na Bacia da Lagoa da Pampulha.
O montante está sendo aplicado na obra de implantação de 100 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nos bairros situados ao longo da bacia da Pampulha, em Belo Horizonte e em Contagem, e a construção de nove estações elevatórias de esgoto para viabilizar o encaminhamento do efluente coletado à ETE Onça.
Despoluição da Lagoa da Pampulha
As obras sob a responsabilidade da Copasa no processo de despoluição da Lagoa da Pampulha são a implantação de 100 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nos bairros situados ao longo da Bacia da Pampulha, em Belo Horizonte e em Contagem, e a construção de nove estações elevatórias de esgoto para viabilizar o encaminhamento do efluente coletado à Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Onça.
A previsão de conclusão destas obras era para antes da Copa do Mundo, em 2014, mas em função de nove processos de desapropriação de 17 áreas, os trabalhos foram paralisados. Após a imissão de posse e liberação de áreas em Contagem que impediam, há mais de um ano, a conclusão das obras, a Copasa retomou, em julho, a implantação dos 4 quilômetros restantes de redes coletoras e interceptores de esgoto. Estão faltando os trechos do Beco Ibaté, Vila Nossa Senhora da Conceição e Lua Nova, em Contagem. A previsão de término dos trabalhos é dezembro de 2015.
ETAF – Pampulha
O esgoto clandestino lançados nas águas dos córregos Ressaca e Sarandi são tratados na Estação de Tratamento de Efluentes - ETAF Pampulha. Atualmente, a ETAF Pampulha trata 750 litros de esgoto por segundo.
A Copasa e a Prefeitura de Belo Horizonte avaliam a viabilidade de modernização da ETAF, buscando ampliar sua eficiência e capacidade operacional.
ETE Onça
O esgoto coletado na bacia da Pampulha é tratado na Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Onça, no bairro Ribeiro de Abreu. Com a implantação dos 96 quilômetros de redes coletoras e interceptoras e construção de nove estações elevatórias de esgoto nos bairros situados ao longo da bacia da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte e Contagem pela Copasa, a ETE Onça apresentou um incremento na vazão de esgoto de 22 milhões de litros por dia .
Somente a estação elevatória do Zoológico / Pampulha, localizada no bairro Braúnas, que entrou em operação desde setembro de 2013, bombeia mais de 10 milhões de litros de esgoto da margem esquerda para a margem direita da lagoa, de onde é encaminhado para o tratamento na ETE Onça.
Candidatura
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha está na lista indicativa do Brasil desde 1996 e a Prefeitura retomou a sua candidatura a Patrimônio Cultural da Humanidade em dezembro de 2012. No final de 2014, por meio do Iphan, a PBH encaminhou o dossiê da candidatura à Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco). Em março deste ano, a candidatura foi aceita e o dossiê encaminhado aos órgãos consultivos que auxiliam a Unesco nos julgamentos.
No próximo dia 28, uma missão de avaliação do Icomos, coordenada pela consultora venezuelana Maria Eugênia Bacci, vem a Belo Horizonte conhecer o Conjunto Moderno da Pampulha e promover reuniões técnicas e sabatinas sobre a candidatura. Em junho de 2016, o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco irá anunciar a decisão final, durante a 40ª Sessão do Patrimônio Mundial, em Istambul, na Turquia.
O Conjunto Moderno da Pampulha inclui os edifícios e jardins da Igreja de São Francisco de Assis, do Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), da Casa do Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) do Iate Golfe Clube (hoje Iate Tênis Clube) e da residência de Juscelino Kubitschek (atual Casa Kubitschek), construídos quase simultaneamente entre 1942 e 1943, além do espelho d’água e a orla da lagoa no trecho em que os articula e lhes confere unidade.